sexta-feira, agosto 21

AGÔ - Mãe Menininha do Gantois



Uma das primeiras coisa que aprendi a respeitar na Bahia foi o Gantois, escondido em uma rua na federação em frente a faculdade de Arquitetura.

Foi meu pai que me levou a esse lugar sagrado cheio de encantos e rodeado de energia. Não conheci mãe menininha, conheci sua filha Creusa, a qual depois de anos fiz um cartaz com sua foto para o Gantois quando ela morreu e depois conheci sua neta Mônica, já ligada a música.

Mãe Menininha foi a quarta Iyálorixá do Terreiro do Gantois, e a mais famosa de todas as Iyálorixá brasileiras, foi sucessora de sua mãe Maria da Glória Nazareth e foi sucedida por sua filha Mãe Cleusa Millet.

Ela vinha de uma longa linhagem de Iyalorixás, as chefes dos terreiros de candomblé. O Gantois foi fundado em 1849, por sua bisavó Maria Júlia da Conceição Nazaré.

Na década de 20, foi escolhida para ser a Iyalorixá do terreiro em virtude da morte de sua tia-avó, Mãe Pulchéria, enquanto se preparava para assumir o cargo, sua mãe Maria da Glória Nazareth ficou por um curto período à frente do Gantois.

Aos 29 anos, casou com o advogado Álvaro McDowell de Oliveira, descendente de ingleses. Com ele teve duas filhas, Cleusa e Carmem.


Faleceu de causas naturais aos 92 anos de idade.

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